quinta-feira, 12 de março de 2009

Parafraseando sua aurora ditosa

Falta que me faz

O apogeu de minha história

Meus anos de glória

Que já nao posso viver


Lembro sonhos, amores e o céu

Meus sábados saudosos

Minhas bonecas no colo

Cantando, na chuva, canções de ninar


Que ensolarada era a tarde

Aos meus oito anos de idade

Em que pela primeira vez

Te amei, mais que perfume em flor


O lago projetado

Meramente humano

Desengonçado

Mas doce de se lembrar


Que paz, aroma e surpresa

Com melodia serena

Vem tu da natureza

Implorando para ficar


Beijar era distante e distinto

Do nosso dia corrido

De aveuntura sedento

Sob sol ou luar


Ó dama que é da noite

Primavera em suas flores

Os platonicos e já sem face

Em teu perfume lembraste


Em vez da falta de agora

Tinha em minha frente delícia

Na mente nenhuma malícia

E as bençãos de meus avós


Filha liberta da fazenda

Não quietava só

Menos ainda serena

Corria nos limoeiros

Faceiros

Vento no rosto, pé no chão

De cada dia era meu pão


Quartos em breu os nossos

Fantasmas saudosos

Choravam ditosos

Pelos seus oito anos de idade


Orava à mãe Iemanjá

Longe nas águas do mar

Que para sempre me alimentasse

De motivos pra cantar


Falta que me faz

O apogeu de minha história

Meus anos de glória

Que já nao posso viver


Lembro sonhos, amores e o céu

Naqueles sábados saudosos

Com minhas bonecas no colo

Cantando, na chuva, canções de ninar


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