Falta que me faz
O apogeu de minha história
Meus anos de glória
Que já nao posso viver
Lembro sonhos, amores e o céu
Meus sábados saudosos
Minhas bonecas no colo
Cantando, na chuva, canções de ninar
Que ensolarada era a tarde
Aos meus oito anos de idade
Em que pela primeira vez
Te amei, mais que perfume em flor
O lago projetado
Meramente humano
Desengonçado
Mas doce de se lembrar
Que paz, aroma e surpresa
Com melodia serena
Vem tu da natureza
Implorando para ficar
Beijar era distante e distinto
Do nosso dia corrido
De aveuntura sedento
Sob sol ou luar
Ó dama que é da noite
Primavera em suas flores
Os platonicos e já sem face
Em teu perfume lembraste
Em vez da falta de agora
Tinha em minha frente delícia
Na mente nenhuma malícia
E as bençãos de meus avós
Filha liberta da fazenda
Não quietava só
Menos ainda serena
Corria nos limoeiros
Faceiros
Vento no rosto, pé no chão
De cada dia era meu pão
Quartos em breu os nossos
Fantasmas saudosos
Choravam ditosos
Pelos seus oito anos de idade
Orava à mãe Iemanjá
Longe nas águas do mar
Que para sempre me alimentasse
De motivos pra cantar
Falta que me faz
O apogeu de minha história
Meus anos de glória
Que já nao posso viver
Lembro sonhos, amores e o céu
Naqueles sábados saudosos
Com minhas bonecas no colo
Cantando, na chuva, canções de ninar

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