quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Passado remoto, deixado.

Escrito em: 02/01/2009

Não conseguia adimitir mas ainda estavas em cada sorriso arrancado por uma melodia indesejada, na face vibrante com cada lembrança que me doia prazerosamente. Não te amava, mas sentia tua falta, falta do que eras pra mim e por mim. Foi comodismo, egoísmo... mas foi primordialmente carinho, gratidão, saudade. Obrigada por fingir, tão bem, perdoar o estorvo que já fui em sua mente, as noites que te fiz passar em claro, provavelmente. Me vinhas na cabeça sem permissão, não sei porque fazia isso se eu prontamente te avisava. Nada disso importa ainda, quero te ver sorrir quero que meu remorso possa seguir com o vento que um dia te soprou pra mim, como o acaso que nos uniu nas esquinas que aqui não temos e nos dispersou quando quase já não havia tempo. Quero poder guardar lembranças boas do pouco que nos restou, me desculpe por não te entregar o meu amor. Mereces alguém que seja sua por completo. Não quiseste ouvir todas as vezes que pude conseguir forças para te gritar, o que sentias me era suficiente mas meu coração nunca te pertenceu por completo, liberdade era pouco, o que eu desejava não tinha nome. Em fim, siga tua a vida, que a minha já segui. Te encontro nos encalços da vida, se for pra algum dia me enlaçar a ti.

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